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A entrada será
franca. (Os filmes escolhidos serão de censura livre pois as crianças
também estarão presentes). As sessões vão
acontecer ao ar livre em praças, quadras, pátio, no meio
da rua... o local tem que ser escolhido com bastante antecedência
para serem providenciadas autorizações e as devidas estruturas.
A sessão acontece a noite porque cinema tem que ser no escurinho.
Como o público é diverso serão programados filmes
tanto para crianças quanto para adultos. |
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A estrutura do Cine
Mambembe Projetor 35mm
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Caraívas - BA |
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End.:
R. João Ramalho, 257/Cj 44 |
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Praça da Sé - São Paulo - SP | |||||||||||
HISTÓRICO DO CINE MAMBEMBE O Cine Mambembe foi criado em 1996, pelos cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi. As primeiras sessões foram realizadas na Grande São Paulo, em escolas públicas e centros comunitários, contando com o apoio da FUNARTE e KODAK. Numa segunda etapa o projeto viajou para o interior do Brasil fazendo um percurso que começou no sul da Bahia, interior de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Maranhão até o Pará. As sessões eram sempre realizadas em cidades pequenas destes estados, com o apoio das prefeituras locais. Após essa experiência, o projeto Comunidade Solidária convidou o Cine Mambembe a participar de 2 viagens, por dois anos consecutivos: 1998 e 99, também pelo interior do norte/nordeste do país. O projeto até hoje atingiu um público em torno de 21 mil espectadores. Estas viagens resultaram no documentário de 56 minutos: "Cine Mambembe, o Cinema Descobre o Brasil", direção de Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, que ganhou em 1999 os prêmios: - TV Cultura de Melhor Documentário, no "Festival É Tudo Verdade" - Margarida de Prata, prêmio da CNBB - Prêmio Especial do Júri no 27º Festival de Gramado - Prêmio Jangada de Melhor Filme-OCIC na Jornada Internacional de Cinema da Bahia/ 1999. VOLTAR AO TOPO LISTA DE FILMES EXIBIDOS O interessante de exibir curta metragem é que a sessão fica dinâmica, sempre está começando uma nova estória possibilitando também um debate mais rico, pois temos diferentes temas e conteúdos para abordar no debate. O curta metragem brasileiro hoje tem uma qualidade extraordinária já reconhecido no Brasil e no Exterior. Diferente do que as pessoas estão acostumadas a ver na TV, o curta se utiliza de uma sintaxe diferenciada, que ajuda a ampliar o processo de percepção do público. Lista dos filmes a seguir: - Cine Mambembe, o Cinema Descobre o Brasil - Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi 1998, 56 min., documentário: a viagem de um casal de cineastaas pelo interior do Brasil, exibindo curtas metragens brasileiros em praças públicas. - Amor Materno - Fernando Bonassi 1994, 10 min., ficção: tragédia suburbana sobre mãe e filha que discutem a possibilidade de um aborto durante trabalho numa cozinha industrial. - A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti - Anna Muylaert 1995, 13 min., ficção: comédia de costumes sobre a vida amorosa de um casal não muito amoroso, vista pela ótica infantil de sua filha de 6 anos, Kiki Cavalcanti. - A Velha a Fiar - Humberto Mauro 1960, 06 min., ficção: com tipos e costumes das antigas fazendas em decadência, o filme ilustra uma canção popular sobre o ciclo da vida. - Cartão Vermelho - Laís Bodanzky 1994, 14 min., ficção: Fernanda joga futebol com os meninos. Joga bem, dribla, faz gol. De repente seus desejos de mulher afloram. - Coentro e Quiabo na Carne de Sol - Eduardo Abad 1995, 17 min., ficção: uma dupla de assaltantes foge da cidade com êxito, mas a esperteza deles parece frágil entre os caipiras. - Criaturas que Nasciam em Segredo Chico Teixeira 1995, 21 min., documentário: a vida de cinco anões que moram na cidade de São Paulo sob a ótica do universo dos bufões, pessoas marcadas pelo estigma de garantir as diversões dos outros. - Dente por Dente - Alice Andrade 1994, 24 min., ficção: o romance entre um dentista e uma jovem traumatizada por consultórios dentários. - Extingue - Eduardo Caron 1994, 15 min., ficção: personagem de faroeste amazônico do ano 2000, índio enfrenta a chegada na selva de serrarias, missionários e dinheiro. - Geraldo Voador - Bruno Viana 1994, 10 min., ficção: favela violência e paisagem. Quadrinhos ação e fantasia. Esses elementos se misturam na história de um menino carioca com um dom muito especial. - Moleque de Rua - Marcio Ferrari 1991, 10 min., documentário: a banda Moleque de rua, da periferia de São Paulo, inventa instrumentos e sonoridades em um diálogo permanente com a crise urbana. - Novela - Otto Guerra 1992, 7 min., animação: novela é uma sátira ao drama vivido diariamente nas novelas. - Onde São Paulo Acaba - Andréa Seligmann 1995, 11 min., ficção: dois adolescentes da periferia longínqua de São Paulo passam o dia falando de drogas, assaltos, mulheres e... filhas. - Pedro e o Senhor - Luiz Bolognesi 1996, 15 min., ficção: aventuras de um catador de papel ao lado de um milagreiro de subúrbio. Baseado em contos de cordel que narram as aventuras de Nosso Senhor e São Pedro pelo mundo. - Uma História de Futebol - Paulo Machiline 1998, 21 min., ficção: o melhor amigo de um grande jogador de futebol, narra a história de uma final de campeonato, quando os dois tinham nove anos de idade em 1950. - Viver a Vida - Tata Amaral 1991, 10 min., ficção: o cotidiano de um office-boy esperto, repleto de filas, trambiques, música e gente. |
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DOCUMENTÁRIO "Cine Mambembe, o cinema descobre o Brasil" Sinopse De janeiro a agosto de 1997, o casal de cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi realizou uma viagem exibindo curta-metragens brasileiros em praças públicas pelo interior do Brasil. Foram quase 15.000 quilômetros, numa viagem que começou em São Paulo, passou pelo sul da Bahia, Chapada Diamantina, rio São Francisco, sertão de Alagoas, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Tocantins e terminou na Amazônia, com uma sessão no assentamento do MST da Fazenda Macaxeira, onde houve o massacre da curva do S. A viagem foi feita numa Saveiro que levava um projetor 16mm, uma tela de 1,80m X 2,20m, equipamento de som e um gerador. O Cine Mambembe passou por muitas comunidades que não tinham luz elétrica, inclusive algumas aldeias indígenas, como a dos pataxós na a Bahia e dos kraó, em Tocantins. A maioria das pessoas assistiu ao cinema pela primeira vez. Muitas delas reviram o cinema após quase 30 anos, porque em diversas cidades o cinema fechou no começo da década de 70. Com uma câmera de vídeo digital, eles documentaram a viagem. Fizeram entrevistas com as pessoas que viam cinema pela primeira vez e ao mesmo tempo mantinham um primeiro contato com o cinema brasileiro. Além disso, a viagem tornou-se o encontro com um Brasil visceral, pouco conhecido, sem espaço na mídia e que quando é retratado, aparece sob o viés pré-concebido da miséria e da falta de articulação, como se fosse um país que não sabe falar e não tem vontades, existe apenas para figurar a piedade. O documentário "Cine Mambembe, o cinema descobre o Brasil" revela um país surpreendente, articulado, capaz de refletir sobre o mundo, absorver o conteúdo dos filmes e referenciá-lo imediatamente na sua realidade. |
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