Título: Xingu Terra
Título Original: Xingu Terra
Bitola Original: 16mm/cor
Direção: Maureen Bisilliat
Produção: Taba Filmes, Brasil, 1981
Duração: 106’

Documentário cinematográfico e etnográfico de longa metragem rodado em maio/junho de 1977 na aldeia dos índios Mehinaku, que vivem no alto Xingu, no parque indígena criado pelos irmãos Villas-Boas em 1961. Maureen Bissiliat (nascida na Inglaterra e naturalizada brasileira) é fotógrafa e documentarista. De concepção clássica, registrando a vida tribal na plenitude das tradições seculares, Xingu/Terra documenta a preparação e celebração da festa das Yamaricumã. A cerimônia consiste na reencarnação de uma lenda matriarcal – originária das tribos Karib - que se tornou tradicional de todas as mulheres xinguanas. Por um dia as mulheres lutam e vivem como homens. Segundo Orlando Villas-Boas: "no dia da festa o ar se agita. A pressão transparece em todos os rostos. Altivas e passivas, as mulheres são sombras de uma raça guerreira extinta no tempo! Até hoje as Yamaricumã caminham, sempre enfeitadas e cantando; arco e flecha na mão continuam viajando, viajando sempre. Caminhando noite e dia sem parar."

Título: Verão índio em Genebra
Título original: Été Indien à Genève
Bitola original: Betacam/cor
Direção: Volkmar Ziegler
Produção: Suiça, 1986
Co-produção: Télévision Suisse Romande (TSR)
Duração: 52’

De 1982 a 1986 o Grupo de Trabalho Sobre as Populações Indígenas se reuniu regularmente nas Nações Unidas em Genebra. Vieram representantes indígenas do mundo inteiro para falar das relações dos direitos fundamentais que vitimam os povos e para contribuir na elaboração de normas para garantia dos direitos de liberdade dos 200 milhões dos índios do mundo.
O filme aborda cinco de suas preocupações mais significativas: nação, território, genocídio, etnocídio, autodeterminação. Deram testemunhos Jimmie Durham, Cherokee, Estados Unidos da América; Mario Juruna, Xavante, Brasil; Alvaro Tukano, Tukano, Brasil; Rigoberta Menchú, Quincho, Guatemala; Ramiro Roynaga, Quechua, Bolívia; Haunani-Kay Trask, autóctone, Havaí.
Prime d'Etude de L'Office Féderal de la Culture Berne, Suiça, 1996. Prêmio principal e prêmio da Comissão Andina do juristas no 3o. Festival du Cinéma des Peuples Indigèges, Caracas/Venezuela, 1989.

Título: Nawa Huni – Um olhar indígena sobre o nosso mundo
Título original: Nawa Huni - Regard Indien sur l’autre monde
Bitola original: 16mm/cor
Direção: Barbara Keifenheim/Patrick Deshayes
Produção: Les films de la Liane/BK Films/CNRS Audiovisuel, França, 1983/86
Duração: 60’ (em francês)

Em 1983, Patrick Deshayes e Barbara Keifenheim projetam vários curtas metragens feitos na Alemanha aos índios Kashinawa da Amazônia peruviana (fronteira com o Brasil). Estes nunca haviam visto imagens cinematográficas. As projeções provocam reações incríveis. Referindo-se aos mitos, aos relatos históricos e também às práticas alucinógenas, os Kashinawa comentam os filmes e através deles revelam sua concepção sobre o mundo dos brancos. Na língua Kashinawa, uma mesma palavra designa ‘homem branco’ e ‘alucinógeno’: nawa huni

Título: O enigma verde de Altamira
Título original: The green puzzle of Altamira
Bitola original: 16mm/cor
Direção: Lode Cafmeyer
Produção: Lode Cafmeyer,Belgica,1990
Co-produção: Color by Dejonghe
Duração: 52’

A partir do encontro de Altamira, realizado em fevereiro de 1989, o primeiro encontro dos povos indígenas brasileiros realizado principalmente através da iniciativa dos Kayapó, chama a atenção do mundo para a iminente destruição da floresta amazônica: a casa do índio. O filme procura compreender como os Kayapó têm conseguido manter sua estrutura social, política e econômica ao longo de uma história de crises profundas e constantes, provocadas após o contato com os homens brancos. O enigma verde de Altamira alterna as possibilidades de vida e de morte da floresta amazônica e de seus povos, principalmente os Kayapó.

Título: Memórias do Orinoco
Título original: Mémoires d’Orenoque
Bitola original: 16mm/cor
Direção: Alain Rastoin
Produção: Alain Kerjean/ Alain Rastoin, França, 1984.
Duração: 52’

Memórias do Orinoco refere-se a crônica da exploração na Amazônia venezuelana, do rio Herita, um braço de um afluente do Orinoco. O etnólogo Jacques Lizot vive desde 1968 entre os índios Yanomami. Ele é o único estrangeiro que visitou esta região isolada e há quinze anos aceitou que membros da Sociedade de Geógrafos de Paris se juntassem a ele e aos seus amigos índios. Ele deseja retornar ao alto Herita a fim de atualizar seus estudos sobre parentesco. Ameaçados do lado brasileiro por exploradores de ouro, os Yanomami vivem aqui numa América pré-colombiana.
As dificuldades de acesso e sua reputação guerreira explicam seu isolamento. A expedição geográfica consegue entrar em contato com a comunidade Kakachiwë, onde permanece duas semanas, antes de tomar o caminho da Grande Montanha dos Yanomami, um imenso bloco de granito preto, e de descobrir as nascentes do Herita, quedas espetaculares que serão pela primeira vez filmadas. Talvez seja o último depoimento do célebre etnólogo antes de sua volta para a França, uma viagem inversa igualmente difícil quanto seu aprendizado no mundo yanomami.
Em meados dos anos 80, Lizot, resolve retornar a França, tendo produzido uma vasta obra sobre a cultura deste povo indígena.

Título: A Arca dos Zo’é
Título original: A Arca dos Zo’é
Bitola original: Betacam/cor
Direção: Dominique Gallois/Vincent Carelli
Imagens em VHS: Kasiripina Waiãpi
Produção: Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Brasil, 1993
Duração: 22’

Waiwai, um dos chefes Waiãpi (Amapá), relata na sua aldeia a viagem que ele empreendeu para encontrar e filmar os índios Zo’é (Pará), grupo contactado na década de 80 que os Waiãpi tomaram conheceram através das imagens em vídeo.
Os dois grupos indígenas falam línguas próximas da língua Tupi e partilham um grande número de tradições culturais. Hoje os Zo’é vivem a experiência de contato que os Waiãpi viveram há vinte anos. Na ocasião do encontro, eles comparam suas tecnologias, suas festas e sua mitologia. Os Zo’é oferecem aos seus visitantes a possibilidade de redescobrirem o modo de vida de seus antepassados e, por sua vez, os Waiãpi alertam os Zo’é dos perigos do mundo dos Brancos, um mundo sobre os qual estes índios isolados estão ansiosos para conhecer. Este trabalho Integra o projeto "Vídeo nas Aldeias". Prêmios: "Sol de Ouro" no 9o. Festival Rio-Cine, Brasil, 1993; JVC President’s Award no 16o. Tokyo Video Festival, Japão, 1993; Melhor Curta Metragem no 16o. Festival Internacional Cinéma du Réel, Paris, 1994; Melhor Vídeo na II Mostra Nacional de Cinema e Vídeo de Cuiabá, 1994.