Título: Cinejornal Brasileiro número 33 - volume 4
Título original: Cinejornal Brasileiro número 33 - volume 4
Bitola original: Filme 35mm/p&b
Direção e Produção: Departamento de Imprensa e Propaganda, Brasil,1945
Duração:9’

Realizado pelo (DIP) Departamento de Imprensa e Propaganda, produtora de cinema estatal durante o período do Estado Novo. Mostra uma visita do presidente Getúlio Vargas até o rio das mortes, onde os irmãos Villas-Boas realizavam a expedição Roncador - Xingu, sob os auspícios da Fundação Brasil Central. Tomadas aéreas da cidade de Aragarças, no rio Araguaia, buscam mostrar seu crescimento, exemplo claro da "vontade empreendedora que caracteriza os dias de hoje". Tal ímpeto é ainda ressaltado por tratar-se de uma cidade tão próxima dos "ferozes" índios Xavantes.

Título: Expedições famosas
Título Original: Expedições famosas
Bitola Original: 16mm/ p&b
Direção: James Marshall
Produção: ABC, EUA,1953
Duração: 24’

Um dos episódios de uma série de documentários produzidos para TV que registrou as principais expedições da atualidade. Neste programa o aventureiro e explorador James Marshall acompanha o grupo liderado por Orlando Villas-Boas que com ajuda de Krumari (índio Txucarramãe que já vive entre os brancos), objetiva obter o primeiro contato amistoso com os Txucarramãe. Orlando Villas Boas é representado como herói e verdadeiro diplomata na relação e na proteção dos índios contra a desumanidade praticada por outros exploradores. Apesar da visão humanista o vídeo é uma perspectiva estritamente da cultura do branco. O filme reflete bem o olhar exótico e romântico que o mundo tinha sobre os índios, a Amazônia, o Brasil e sobre o trabalho dos irmãos Villas-Boas.

Título: Cinejornal Informativo n. 6
Título original: Cinejornal Informativo s/n VII
Bitola original: Filme 35mm/p&b
Direção e Produção: Agência Nacional, Brasil,1965
Duração: 2’

Ministro Cordeiro de Farias realiza entrega de material à turma encarregada de definir o traçado da ligação rodoviária Xavantina-Cachimbo. Cenas com os Xavante e visita do ministro ao Parque Indígena do Xingu.

Título: Uirá, um índio em busca de deus
Título Original: Uirá, um índio em busca de deus
Bitola Original: 35mm/cor
Direção: Gustavo Dahl
Produção: Alter Filmes Ltda, Brasil, 1974
Duração: 90’

Baseado em um livro de Darcy Ribeiro, o filme foca a trajetória de Uirá, um índio Urubu-Kaapor, na busca pela "terra sem males". A aventura começa após a morte de seu primogênito, quando ele e sua família decidem ir a busca de Maíra o Herói criador nas culturas Tupi. Nesse processo, Uirá e sua família saem de sua aldeia no interior do Maranhão e chegam a capital, São Luiz

Título original: O Terceiro Milênio
Bitola original: 16mm/cor
Direção: Jorge Bodanzky e Wolf Gauer
Produção: Stopfilm ZDF, Brasil, 1981
Duração: 95’

De Manaus, pelo Solimões, Javari e Iça até Coari, Tefé e Tabatinga, através das terras do povo Maiuruna e das aldeias da Nação Ticuna, uma viagem pelos confins do tempo presente.
Agosto de 1980: Evandro Carreira, senador da República, pelo Estado do Amazonas, percorre suas bases eleitorais, conduzindo o espectador por uma viagem absolutamente inédita. O filme segue passo a passo a viagem de um político inflamado que se diz defensor de uma Amazônia ainda desconhecida.
Numa região indecisa entre o Peru, a Colômbia e o Brasil, os cineastas registram o contato do Senador sem tentar interferir na realidade que se apresenta. O contraste entre a beleza da selva e a miséria dos índios, a desconfiança dos líderes da região quanto a bondade de Carreira e os relatos de corrupção da FUNAI estão presentes neste filme sob a ótica do cinema verdade.

Título original: Povo da Lua, povo do sangue
Bitola original: Filme 35mm/p&b
Direção: Marcelo Tassara
Produção: Comissão pela criação do Parque Yanomami, São Paulo, Brasil,1984.
Duração:27’

Povo da lua, povo do sangue é um documentário realizado a partir do acervo da fotógrafa Cláudia Andujar reunido entre 1972 e 1982. Produzido pela Comissão pela Criação de um do Parque Yanomami, o filme tinha a finalidade de ampliar o impacto político do projeto de criação de território contínuo e reconhecido oficialmente, atuando na conscientização do grande público e dos centros de decisão ao relatar os efeitos devastadores do contato do índio Yanomami com a sociedade nacional. Marcelo Tassara apresenta neste filme um tratamento inovador da linguagem cinematográfica, conjugando elementos documentais pré -existentes - fotos e sons - com a criação estética, através da técnica table-top.

Título: Na trilha dos Uru-Eu-Wau-Wau
Título original: Na trilha dos Uru-Eu-Wau-Wau
Bitola Original: Betacam/cor
Direção: Adrian Cowell/ Vicente Rios
Produção: Central Independent Television/Universidade Católica de Goiás, EUA-Brasil,1979
Duração: 55’

O filme narra a dramática busca, que empreeendeu Chico Prestes, nas selvas de Rondônia, na tentativa de recuperar seu filho Fabinho, capturado pelos Uru-Eu-Wau-Wau, em novembro de 1979. A equipe de filmagem documenta a expedição da FUNAI, no primeiro contato com os Uru-Eu-Wau-Wau, em contraste com o avanço massacrante da civilização para dentro do território indígena.
Expostos às frentes de Colonização, sem proteção eficiente da FUNAI, a nação Uru-Eu-Wau-Wau fecha a década da destruição contando seus mortos. Este filme integra a série premiada internacionalmente "A Década da Destruição".

Título: Os Yanomami do rio do mel
Título original: Yanomami de la rivière du Miel
Bitola original: 16mm/cor
Direção: Volkmar Ziegler
Produção: Volkmar Ziegler e Pierrettle Birraux, Suiça, 1984
Co-produção: Fonds National Suisse de la Recherche Scientifique
Duração: 55’

Rodado em 1982, o filme acompanhou uma pesquisa sobre ocupação territorial entre as aldeias Yanomami.
Raros são os povos ameríndios que, como os Yanomami do norte do Brasil, puderam preservar o modo de vida tradicional. Uma região de difícil acesso e uma reputação de serem guerreiros temidos os manteve afastados. A intimidade que os Yanomami tem com a floresta é sugerida pelo som ambiente enquanto os mitos ditos nos permitem ver a imbricação do imaginário com o real. Na ocasião de realização deste filme, vários projetos de colonização e de exploração de minério encontravam-se nas mediações do território Yanomami. A propagação das doenças que as acompanhavam era fatal.
Prix Nanook no Bilan du Film Ethnographique, Paris, 1986.

Título: A canoa do peixe-cobra – uma viagem pelo rio Amazonas
Título original: Das Schlangenfischkanu, eine Flussreise in Amazonien
Bitola original: 16mm/cor
Direção: Herbert Brödl
Produção: Baumhaus Film Brödl
Co-produção: HR - Frankfurt, ORF (Viena), Alemanha, 1984.
Duração: 87’

Dois índios tucano e um velho padre italiano navegam pelo rio Negro em um barco de pesca, rumo ao interior do Amazonas, em busca do peixe-disco. Para os índios tucano, toda vida vem da água. Uma canoa vira cobra e a cobra vira peixe. Nessa canoa do peixe-cobra nasceu também a humanidade e a água vermelha do Rio Negro é o líquido amniótico de seu parto. A separação entre realidade e mito, entre natureza e cultura, entre os homens e seu ambiente orgânico se dilui. O contato com uma natureza que está em tudo, a saudade que ela desperta, a solidão, tudo isso desperta tensões e fantasias durante a convivência no barco e as obsessões dos viajantes à tona.