Título: Brincando nos campos do Senhor
Título original: At Play In The Fields of Lord
Bitola original: 35mm/cor
Direção: Hector Babenco
Produção: HB Films/Condor Films, EUA, 1991
Duração: 187’

História de dois aventureiros americanos, sendo um deles mestiço branco cheyenne, que caem em plena floresta Amazônica com seu monomotor. Ao pedirem ajuda para o governo local, este lhes faz uma proposta: bombardear a aldeia indígena dos Narunas, podendo assim voltar tranqüilos. Então Moon, o aventureiro mestiço, sobrevoa a aldeia. A partir daí a história toma outro rumo. O filme conta com a presença de atores como Tom Berenger, John Lighgow, Daryl Hannah, Aidam Quinn, Tom Waits, Kathy Bates, Nelson Xavier, Stênio Garcia e José Dumont.

Título: Índios do Amazonas
Título Original: Indians of the Amazon
Direção: Giovanna Cossia e Marco de Poli
Bitola original: Betacam/cor
Produção: Polimago, Itália, 1992
Duração: 26’

Índios do Amazonas (Peru, Equador e Brasil) mostra as modernas condições de vida de diferentes grupos nativos da Amazônia. Os lamistas, na altas terras da floresta peruana encontraram uma forma de lidar com o mundo dos brancos; por sua vez, próximo a Iquitos os Yagua ainda vivem em casas de madeira no interior da mata e preservaram também, em prol dos turistas, os cachimbos e seus costumes típicos. No leste do Equador assistimos a uma sessão de cura xamanística numa comunidade quechua; uma mulher faz cerâmica inspirando-se em mitos de seu povo. No Brasil, próximo a fronteira com a Venezuela, os Yanomami são um dos últimos grupos nativos vivendo ainda de modo primitivo, sem qualquer contato com a chamada "civilização".

Título: Tigrero, Um filme que nunca foi feito
Título original: Tigrero, a film that was never made
Bitola original: Super 16mm/35mm/cor
Direção: Mika Kaurismäki
Produção: Mika Kaurismäki/Marianna Films Oy, Finlândia, 1994
Produtores associados: Christa Fuller-Lang-Hartmunt Klenke/Premiere, Eila Werning/Yle TVI
Duração: 75’

Em 1954, Sam Fuller foi ao Brasil penetrando na floresta amazônica a procura de locação para seu filme de aventuras "Tigrero; John Wayne, Ava Gardner e Tyrone Power tinham os papéis principais. Era uma história sobre um casal fugindo pela floresta com um tigrero, um caçador de onças como guia. Sam Fuller voou em aviões militares do Rio de Janeiro até o coração da floresta, ao longo dos rios Araguaia e o Rio das Mortes. Este era o território dos índios Karajás. Sam Fuller foi um dos primeiros "gringos" a chegar com uma canoa numa pequena aldeia de índios, levando uma câmera filmadora de 16mm. Lá ele filmou os índios, suas vidas e seus rituais e fez planos para o seu futuro filme. Ao voltar a Los Angeles, Sam Fuller soube pelo produtor da 20th Century Fox que as companhias de seguros tinham recusado assegurar esses atores tão caros; a selva constituia uma locação excessivamente assustadora e arriscada. Tigrero, um filme que nunca foi feito é uma espécie de filme de estrada documentário, tanto do tempo como do local. Enquanto mostra concretamente o retorno de Fuller pela mesma rota de 40 anos atrás até a aldeia dos índios Karajás, o filme também descreve sua carreira como cineasta e o destino dos índios, acompanhando pelo diretor de cinema Jim Jarmuch que entrevista Fuller a respeito do filme que nunca foi feito e de muitos outros assuntos. Este filme não é apenas um documentário comum para televisão, mas, nas palavras de Sam Fuller, "um doc de um film". (extraído do catálogo Finlândia no Brasil – mostra de filmes de Mika Kaurismäki, 1995).

Título: A guerra de pacificação na Amazônia
Título original: La guerre de pacification en Amazonie
Bitola original: filme 16mm/cor
Direção: Yves Billon
Produção: Les Films du Village, França, 1973
Duração: 90’

Painel ilustrativo que focaliza a situação de vários grupos indígenas em diversas regiões no início dos anos 70, durante a construção da Transamazônica. Merece destaque as cenas dos primeiros contatos com os Parakanã no Pará. Eles são atraídos por presentes que são deixados na florestas e depois se fixam em postos de atração. Em seguida suas terras incluídas em reservas indígenas antes de serem completamente assimilados pela civilização dominante. Este vídeo se interroga sobre o processo de pacificação e o futuro das sociedades indígenas após um processo acelerado de contato com os brancos devido a construção da Transamazônica.

Título: Diário da Amazônia
Título original: Amazon Journal
Bitola original: Betacam/cor
Direção: Geoffrey O’Connors
Produção: Realis Pictures/Interior Produções, EUA, 1996
Duração: 60’

Após 10 anos de experiência filmando a Amazônia brasileira, o diretor analisa o que passou na região no último decênio: o assassinato de Chico Mendes, em 1988, a prisão do líder indígena Paulinho Payakan, a exclusão dos índios na Conferência das Nações Unidas (Rio/92), a corrida do ouro e o massacre dos Yanomami em 1987.

Título: Yndio do Brasil
Título original: Yndio do Brasil
Bitola original: 35mm/cor/p&b
Direção: Sylvio Back
Produção: Usina de Kyno, Brasil, 1995
Duração: 70’

Colagem de dezenas de filmes nacionais e estrangeiros – de ficção, cine-jornais e documentários – revelando como o cinema vê e ouve o índio brasileiro desde quando foi filmado pela primeira vez em 1912. São imagens surpreendentes, emolduradas por músicas temáticas e poemas que transportam o espectador a um universo idílico e preconceituoso, religiosos e militarizado, cruel e mágico do nosso índio.
XXII Jornada Internacional de Cinema da Bahia, 1996 - Prêmio: Melhor Documentário de Longa-Metragem - XXVI Festival de Figueira da Foz (Portugal), 1997 - Prêmio: Melhor Documentário em Língua Portuguesa e Espanhola - Prêmio Especial do Júri - Mostra "Cinema Novo and Beyond" do MoMA (The Museum of Modern Art) (EUA), 1998 (seleção).

Título: Hans Staden
Título original: Hans Staden
Bitola original: 35mm/cor
Direção: Luiz Alberto Pereira
Produção: Lapfilme do Brasil, São Paulo, Brasil, 1999
Co-produção: IPACA/Jorge Neves Audiovisual, Portugal
Duração: 92’

O Filme conta a história de Hans Staden, viajante alemão que em 1550 naufragou no litoral de Santa Catarina. Dois anos depois conseguiu chegar a São Vicente, reduto da colonização portuguesa. Ali ficou trabalhando dois anos como artilheiro do forte de Bertioga; preparava-se nesta época para voltar a Europa, onde iria receber o reconhecimento e o ouro de El-Rei de Portugal, por seus serviços na colônia. Em janeiro de 1554, preocupado com um escravo que havia desaparecido, partiu em sua busca, acabando por ser capturado por índios Tupinambá, tribo inimiga dos aliados dos portugueses, os Tupiniquim. Staden foi levado para a aldeia em Ubatuba onde seria devorado num ritual antropofágico.
"Fazer este filme foi um desafio. A partir da leitura do livro de memórias de Hans Staden "Duas viagens ao Brasil", que me foi dado pela Inês Ladeira, veio a fase da vontade. Que belo filme daria aquele livro. Mas primeiro teria que pesquisar. Pesquisar muito..." (Luiz Alberto Pereira)

Título: A Paisagem e o Sagrado
Título original: A Paisagem e o Sagrado
Bitola original: super16mm/cor
Direção: Paschoal Samora, Brasil, 2000
Produção: Grifa Cinematográfica
Duração: 26’

"Abandonaremos nossos corpos sobre essa terra corrompida, mas nossa palavra levaremos para o firmamento. É preciso atravessar a grande água, Tupã nos guiará."
O tom profético dessa frase de um velho índio Guarani, um sábio Pajé que vivia na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, às margens do rio Paraná em 1965 reencena o mito do dilúvio inaugural, que desagua na história dos Avá-Guarani. O alagamento de suas terras fez desaparecer Jacutinga, em decorrência da construção da barragem da usina hidroelétrica de Itaipú. Este filme integra a série "Ao Sul da Paisagem" cuja proposta é discutir o conceito de paisagem, a partir da subjetividade dos habitantes de seis diferentes regiões do sul do Brasil. O enfoque é dado nas histórias, lendas, mitos e memórias que permeiam a relação dos personagens do filme com o meio ambiente em que vivem.

Título: Rituais e festas Bororo
Título original: Rituais e festas Bororo
Bitola original: 16mm/p&b/mudo
Direção: Luiz Thomaz Reis
Produção: Conselho Nacional de Proteção aos Índios, Brasil, 1916.
Duração: 20’

Este documentário focaliza detalhadamente o conjunto de cerimônias funerárias entre os Bororo (Mato Grosso). Além das imagens, há uma série exaustiva de letreiros com explicações detalhadas a respeito de cada etapa da cerimônia. Luiz Thomaz Reis acompanhou o Marechal Rondon como cinegrafista em suas missões.

Titulo: O Mundo Perdido de Kozak
Titulo original: O Mundo Perdido de Kozak
Bitola original: 16mm/cor
Direção: Fernando Severo
Produção: Brasil/1998
Duração: 15’

A vida de Vladimir Kozak (1897-1979), tcheco, naturalizado brasileiro que produziu vasta obra de grande valor etnográfico. Destacam-se seus trabalhos sobre índios brasileiros.
Wladimir Kozak, formado em engenharia, chega ao Brasil em 1923 e em logo 1924 visita os Kaingang do Paraná. Durante 30 anos filmará vários grupos indígenas do sul do Brasil. Falece aos 79 anos sem que infelizmente ter visto seu trabalho etnográfico reconhecido.