Dissertação de Mestrado - Filipe Salles - 24/06/2002


4. SUPORTES: Visual e Sonoro

Primeiramente, cabe uma definição. A quantidade de maneiras de abordar estas instâncias, pontos-de-vista e teorias sobre a imagem e o som, nos deixa com um universo muito abrangente para tratar. Assim, é absolutamente necessário que se restrinja o sentido que se quer dar à sons e imagens.

Portanto, aqui estou tratando de sons intencionais, ou seja, sons que tenham sido produzidos por alguém com a intenção primeira de fazê-lo, que se traduzem em todas as manifestações a que chamamos música.

E, quanto à imagens, a mesma coisa. Não chamo imagens às formas naturais encontradas na terceira dimensão, mas sim formas produzidas com finalidade primeira a representação estética. Entra aí todo o universo pictórico da pintura, fotografia, escultura e artes plásticas em geral, mas não uma mesa ou escrivaninha feita primordialmente para servir de apoio. E, ainda no campo das imagens, há que se dividir em duas facções: a imagem estática e a imagem dinâmica, sendo a primeira representada pelos suportes supracitados e a segunda pelo cinema, vídeo ou ainda teatro e hipermídias. A esta última facção será dada, por razões óbvias, maior atenção.
É preciso mencionar, também, que apesar de ser possível estabelecer diversas correspondências diretas entre naturezas sonora e visual, há outros pontos que se mantém como lacunas. Isso se deve ao fato de que as representações híbridas possuem um vasto campo de atuação, não podendo estabelecer um parâmetro universal que sirva a todos os exemplos; antes, eles variam significativamente, e as possibilidades combinatórias são potencialmente incalculáveis. Assim, temos que pensar em outras instâncias além da razão física ou analítica da união som/imagem, e que veremos mais adiante.



copyright©2002 Filipe Salles

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